quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Módulo - Literatura

A primeira aula do módulo de Literatura foi ministrada pelos professorxs Lucia Fernanda e Leandro Tavares.  A aula começa com o professor Leandro lendo para os cursistas um conto africano do livro A Semente que veio da África onde a personagem tem curiosidade de saber o significado de seu nome. Após o leitura foi proposta uma atividade. Cada cursista deveria confeccionar um carimbo que representasse o significado do seu nome ou a sua história. Para concluir a atividade os cursistas falaram sobre o significado de seus nomes e sobre o porquê de terem o recebido.
            Após a atividade, a professora Lucia Fernanda contou outra história para os cursistas, mas dessa vez ela contou com a ajuda de alguns objetos para dar vida a sua história. Com uma saia longa florida e encenando a narrativa com uma boneca, a professora contou a história A menina enterrada viva de Câmara Cascudo. Em seguida, fez da saia um jogo onde os cursistas giravam e sacudiam a saia para fazer o anel pular em cima dela, ao fundo tocava músicas de ciranda, e quando a música parasse a pessoa que estava com o anel deveria entra no meio da roda e recitar um poema, um verso ou até mesmo cantar uma música. Foi um momento muito interativo e muito divertido para todos os cursistas.
Seguindo com a aula, foi realizada a leitura do texto Memória de Livro em grupo. Os professores propuseram aos cursistas que falassem sobre suas memórias de livro, sobre a presença da leitura na infância ou na vida de cada um, em que momento eles tiveram o primeiro contato com a literatura. Muitos falam que o primeiro contato se deu na escola. O cursista Vinicius de Luna falou que seu primeiro contato com livros foi na escola e que tem uma memória ruim porque era sempre obrigado a lê-los para a prova. Além disso, fala sobre a falta de hábito que nós brasileiros temos por não lermos o bastante ou o necessário. O apego aos livros também foi citado, às vezes nos apegamos muito que chegamos a ser egoístas em não querem emprestar e acabamos deixando de compartilhar essa relação com a literatura, além de não incentivar o próximo a ler.
Ainda no momento de compartilhar opiniões sobre o texto, a cursista Márcia da Silva diz que foi muito incentivada por sua madrinha desde pequena e falou de como é importante a simples manuseio do livro para que a criança tenha contato com esse objeto e também do quanto é importante criar uma convivência desde cedo da criança com o livro. Outra fala bem interessante, foi a do cursista Mario Sergio que por ter tido pouco contato com os livros na sua infância sente que perdeu tempo não lendo livros que, geralmente, são lidos nessa fase da vida, e dessa forma, para correr atrás do tempo que perdeu, começa a os ler quando adulto.
Concluindo essa primeira aula, o professor Leandro traz uma questão a ser refletida: “Qual a diferença entre gostar e ter o hábito de ler?”. As pessoas que tem o hábito de ler leem por que faz precisam ler ou por que gostam? E as que não têm esse hábito? Será que gostam de ler ou leem por obrigação? A escola como lugar de aprendizado, deveria estimular mais a leitura e estabelecer com maior frequência o convívio dos alunos com a literatura. Além disso, é importante reconhecer a capacidade de cada aluno, deixando de lado o pensamento de que os livros fáceis devem ser lidos por aqueles que estão começando a aprender a ler.

É importante que a escola estabeleça o contato dos alunos com a literatura, deixando-os livres para escolher e perceber os desafios que a leitura oferece. Com isso, pode-se repensar a pratica em sala de aula e discutir melhor as maneiras de utilizar, não sendo necessário o trabalho com o livro, mas a leitura. Dessa forma, cria-se cada vez mais a interação dos alunos com a literatura.

Por Larissa França.


quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Módulo - Políticas Públicas



     A professora Ana Paula primeiramente se apresentou para os cursistas, dizendo sua formação e linha de pesquisa que, inclusive, está totalmente ligada ao tema do módulo presente.



     Após isso, disse uma frase muito importante para o pontapé inicial da discussão:
     - Nós como professores somos intercalados, todos os dias, constantemente, pela política. Lidamos com isso dentro das salas de aula, nas relações com os alunos...


     Ao dizer essas palavras, Ana Paula deixa claro que, exatamente por isso, existe a necessidade de discutir o tema. Mas, para que a atividade fosse realizada da melhor maneira possível, é importante para ela entender e conhecer o que os cursistas sabem a respeito desse tema.



     Na apostila havia o pedido que eles escrevessem seus conhecimentos sobre Políticas Públicas e, quem se sentisse à vontade, poderia compartilhar com o grupo. Chamou-me a atenção a fala de Andrea que, com segurança, afirmou que alguns termos entram no senso-comum e se tornam palavras corriqueiras que, não necessariamente, entendemos seu significado real. Sinto isso constantemente e acredito que esse foi o motivo pelo qual me tocou. Fala-se tanto em Política, de forma generalizada e sem embasamento crítico e teórico que, de certo modo, influencia na forma como as pessoas lidam com o tema, sem muito envolvimento.



     Ao longo da aula, o grupo de cursistas se mostrou engajado e atualizado com a temática, contribuindo com suas experiências que vêm de diferentes lugares – um dos grandes benefícios do curso, aliás, é essa troca que acontece entre professores da rede municipal e particular de ensino e estudantes da UFRJ, lugares fisicamente e politicamente diferentes.


     Ana Paula aproveitou o momento para dizer que nem tudo que está escrito nos documentos de lei acontecem de fato porque, ao lidar com sujeitos, não temos como prever e comandar suas atitudes, especialmente, porque não temos apenas uma realidade. E esse levantamento, nos faz refletir sobre a Base Nacional Comum.... Será que é pensado que, uma escola no Rio de Janeiro tem a mesma realidade que um escola, por exemplo, em Amazonas?



     A partir disso, se constata que Política é o que está escrito em documento e também a nossa posição em relação a isso. E, mesmo que nesse momento, o objetivo principal do módulo seja pensar nas Políticas Públicas em Educação, uma cursista atentou sobre a importância das Políticas em outras linhas, já que, de certo modo, acaba influenciando em nosso cotidiano escolar. Políticas Públicas ligadas a saúde e aos meios de transporte, por exemplo.



     A segunda parte da aula contou com a presença do professor Fábio que dá aula de Sociologia em uma escola estadual e está terminando o doutorado em Educação na UERJ. Ele visa refletir sobre a democracia/currículo na escola, com base no polêmico projeto “Escola Sem Partido”, por isso, a equipe do Curso julgou a importância de tê-lo como convidado nesse módulo.

     Fábio dialogou, em especial, com uma reportagem que saiu na Folha de São Paulo, cujo título foi “Escolas sem mordaça”, uma pesquisa que afirma que as escolas brasileiras são “templos de doutrinação política” e que, por isso, o Escola sem Partido deve prevalecer. Porém, além dessa afirmação ser extremamente categórica e genérica, Fábio nos propõe a pensar o motivo pelo qual tantas pessoas que não fazem parte do cotidiano escolar tem falado de Educação – a reportagem foi escrita por um economista, aliás. O grupo de cursistas participou demonstrando bastante inquietação com o tema, já que está tão presente em nossas vidas.


Por Letícia Souza