A primeira aula do
módulo de Literatura foi ministrada pelos professorxs Lucia Fernanda e Leandro
Tavares. A aula começa com o professor Leandro
lendo para os cursistas um conto africano do livro A Semente que veio da
África onde a personagem tem curiosidade de saber o significado de seu
nome. Após o leitura foi proposta uma atividade. Cada cursista deveria
confeccionar um carimbo que representasse o significado do seu nome ou a sua
história. Para concluir a atividade os cursistas falaram sobre o significado de
seus nomes e sobre o porquê de terem o recebido.
Após a atividade, a professora Lucia Fernanda contou
outra história para os cursistas, mas dessa vez ela contou com a ajuda de
alguns objetos para dar vida a sua história. Com uma saia longa florida e
encenando a narrativa com uma boneca, a professora contou a história A
menina enterrada viva de Câmara Cascudo. Em seguida, fez da saia um jogo
onde os cursistas giravam e sacudiam a saia para fazer o anel pular em cima
dela, ao fundo tocava músicas de ciranda, e quando a música parasse a pessoa
que estava com o anel deveria entra no meio da roda e recitar um poema, um verso
ou até mesmo cantar uma música. Foi um momento muito interativo e muito
divertido para todos os cursistas.
Seguindo com a
aula, foi realizada a leitura do texto Memória de Livro em grupo. Os
professores propuseram aos cursistas que falassem sobre suas memórias de livro,
sobre a presença da leitura na infância ou na vida de cada um, em que momento
eles tiveram o primeiro contato com a literatura. Muitos falam que o primeiro
contato se deu na escola. O cursista Vinicius de Luna falou que seu primeiro
contato com livros foi na escola e que tem uma memória ruim porque era sempre
obrigado a lê-los para a prova. Além disso, fala sobre a falta de hábito que
nós brasileiros temos por não lermos o bastante ou o necessário. O apego aos
livros também foi citado, às vezes nos apegamos muito que chegamos a ser
egoístas em não querem emprestar e acabamos deixando de compartilhar essa
relação com a literatura, além de não incentivar o próximo a ler.
Ainda no momento
de compartilhar opiniões sobre o texto, a cursista Márcia da Silva diz que foi
muito incentivada por sua madrinha desde pequena e falou de como é importante a
simples manuseio do livro para que a criança tenha contato com esse objeto e
também do quanto é importante criar uma convivência desde cedo da criança com o
livro. Outra fala bem interessante, foi a do cursista Mario Sergio que por ter
tido pouco contato com os livros na sua infância sente que perdeu tempo não
lendo livros que, geralmente, são lidos nessa fase da vida, e dessa forma, para
correr atrás do tempo que perdeu, começa a os ler quando adulto.
Concluindo essa
primeira aula, o professor Leandro traz uma questão a ser refletida: “Qual a
diferença entre gostar e ter o hábito de ler?”. As pessoas que tem o hábito de
ler leem por que faz precisam ler ou por que gostam? E as que não têm esse
hábito? Será que gostam de ler ou leem por obrigação? A escola como lugar de
aprendizado, deveria estimular mais a leitura e estabelecer com maior
frequência o convívio dos alunos com a literatura. Além disso, é importante
reconhecer a capacidade de cada aluno, deixando de lado o pensamento de que os
livros fáceis devem ser lidos por aqueles que estão começando a aprender a ler.
É importante que a
escola estabeleça o contato dos alunos com a literatura, deixando-os livres
para escolher e perceber os desafios que a leitura oferece. Com isso, pode-se
repensar a pratica em sala de aula e discutir melhor as maneiras de utilizar,
não sendo necessário o trabalho com o livro, mas a leitura. Dessa forma,
cria-se cada vez mais a interação dos alunos com a literatura.
Por Larissa França.